O mais novo antigo sucesso vindo direto do John Green. Com uma narrativa totalmente diferente de A Culpa É Das Estrelas, entenda mais a parte "ruim" do livro.
Pode-se dizer que as narrativas do John Green se parecem, na minha opinião de quem já leu muito dos seus livros, ou apenas leu algumas páginas de outros, não seria diferente com Cidades De Papel, aquele adolescente que gosta de uma vida chata, ou que tem uma vida chata e não reclama, está presente aqui. No caso do Q ele gosta de sua vida chata e monotônica, e desculpe se você é assim, mas achei isso meio improvável em alguém humano e real, eu mesmo não me identifiquei em nada com o protagonista e acho que isso foi uma das coisas que me atraíram, porque você fica com vontade de saber o que se passa na cabeça de uma pessoa como essa.
Sim, sim, mas agora vamos pra a parte negativa do livro. O leitor pode - e muito provavelmente vai - ter súbitos momentos de raiva do personagem principal, principalmente quando ele faz certa coisas nas quais você vai achar tão ridículas e improváveis que fora a raiva você vai ficar com vergonha alheia, foi assim com muitos amigos meus ao menos.
Teve partes no livro em que eu fiquei "Estou no livro errado ? Ou o narrador mudou?". Subitamente Quentin Jacobsen troca de lugar com Walt Whitman e começa a ter pensamentos poéticos sobre a vida, sobre Margo, e sobre tudo a sua volta, e isso é inacreditável pois há 2 capítulos antes ele é só um garoto apaixonado que tem a visa mais chata do mundo. Porém a mudança não foi de todo ruim, ele começa a questionar seus motivos por procurar Margo e isso é bom.
"O livro teria sido mais bem narrado se fosse pela Margo", sim e não. (1) Ninguém melhor que o Quentin para conta a historia do Quentin, afinal (2) o livro conta a historia do Quentin procurando a Margo e não a Margo procurando o Quentin, ok ? Mas John Green poderia fazer cosplay de Jamie McGuire e fazer um Desastre Iminente do Cidades de Papel, aprovo porque quero mais Margo.
Fora essa desumanização do Q, temos vários aspectos positivos. Entre eles, a leitura super fluida, personagens coadjuvante normais e divertidos como Radar e Ben - não to falando que você não vai ter uma raiva do Ben em uma parte ali do livro, mas né.
O fato do protagonista não ter nada a ver com muita gente vai deixar todo mundo ansioso para ler o livro todo, mesmo tendo partes que o livro é muito chato, aliais, que o PROTAGONISTA é muito chato, você ainda quer continuar lendo, eu acho.
CONCLUSÃO
O livro é genial, o final é genial, e sim eu gostei do final, deixou a desejar, porém, eu adorei.
Obrigado por ler a critica, em breve teremos critica também do filme e comparações.